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Hoje sou Monteiro, porque um dia a minha avó assim se definiu… por amor!
Pelo registo sempre foi Maria Farinha, até morrer. Lá longe, foi carinhosamente alcunhada por um antigo patrão “Marquinhas”, o povo em geral, não tendo essa distância, transformou em “ti’Marquitas”.
A família da minha avó provinha de outra aldeia, tinha outras raízes, talvez de outros montes, daí o apelido que não era oficial, mas sim uma alcunha que passava de geração em geração, Monteiro, que dito com o sotaque da região, suava a “Môtero”, família dos “Môteros”.
Curiosamente o apelido oficial, da família que depois se viria a perder, até era Pedro. Ironia do destino, viria a ser o meu nome próprio!
Maria’s e Farinha’s, eram nomes e apelidos fáceis de encontrar, por isso não foi difícil encontra na mesma aldeia outra Maria Farinha, esta ultima alcunhada com o nome da aldeia de onde provinha… Supote, ficou baptizada pelo povo, “ti’Maria do Supote”.
Foi então que o meu avô, por onde quer que andasse, seja na ceifa ou azeitona no Alentejo, fosse na agricultura no Ribatejo ou mesmo na construção em Lisboa, pedia que escrevessem cartas… cartas para a sempre sua, Maria, que vivia lá, lá muito longe!
Havendo mais do que uma pessoa com o mesmo nome, era mais fácil, extraviar correio para outras portas… sendo que se vivia na primeira metade do século passado, não se via com muitos bons olhos as intimidades entre um casal de namorados, que tentava ser mais do que isso. A violação da correspondência, dificultava o que por si só já era quase impossível…
Num momento de desespero, definiu que a partir dali, seria Monteiro!
Maria Farinha Monteiro.
Para que as mensagens chegassem correctamente ao seu destino… sem nunca ter sido registado, até porque o meu avô era Silva. Ela nunca foi Silva e ele nunca foi Monteiro.
Definindo o apelido as cartas continuaram a chegar mas agora sempre á morada correcta, o namoro transformou-se… e o resto já se adivinha.
Pelo registo sempre foi Maria Farinha, até morrer. Lá longe, foi carinhosamente alcunhada por um antigo patrão “Marquinhas”, o povo em geral, não tendo essa distância, transformou em “ti’Marquitas”.
A família da minha avó provinha de outra aldeia, tinha outras raízes, talvez de outros montes, daí o apelido que não era oficial, mas sim uma alcunha que passava de geração em geração, Monteiro, que dito com o sotaque da região, suava a “Môtero”, família dos “Môteros”.
Curiosamente o apelido oficial, da família que depois se viria a perder, até era Pedro. Ironia do destino, viria a ser o meu nome próprio!
Maria’s e Farinha’s, eram nomes e apelidos fáceis de encontrar, por isso não foi difícil encontra na mesma aldeia outra Maria Farinha, esta ultima alcunhada com o nome da aldeia de onde provinha… Supote, ficou baptizada pelo povo, “ti’Maria do Supote”.
Foi então que o meu avô, por onde quer que andasse, seja na ceifa ou azeitona no Alentejo, fosse na agricultura no Ribatejo ou mesmo na construção em Lisboa, pedia que escrevessem cartas… cartas para a sempre sua, Maria, que vivia lá, lá muito longe!
Havendo mais do que uma pessoa com o mesmo nome, era mais fácil, extraviar correio para outras portas… sendo que se vivia na primeira metade do século passado, não se via com muitos bons olhos as intimidades entre um casal de namorados, que tentava ser mais do que isso. A violação da correspondência, dificultava o que por si só já era quase impossível…
Num momento de desespero, definiu que a partir dali, seria Monteiro!
Maria Farinha Monteiro.
Para que as mensagens chegassem correctamente ao seu destino… sem nunca ter sido registado, até porque o meu avô era Silva. Ela nunca foi Silva e ele nunca foi Monteiro.
Definindo o apelido as cartas continuaram a chegar mas agora sempre á morada correcta, o namoro transformou-se… e o resto já se adivinha.
Muito curioso... Iluminaste-me!
ResponderEliminarEsta foto está fantástica!
ResponderEliminarE que tal mandares as fotos que tiraste para um certo "filme", num certo verão, nuns certos jogos...? ã?