Mãe... Mulher... e por último, Jade!

Estou a escrever este texto e continuo num dilema interior, a tentar perceber onde começa a “realidade” e onde acaba a “ficção”, ou o contrario, ou seja lá o que for.

Até que ponto e com que motivo se vende uma vida... no seu fim?

Jade Goody, é uma ex-concorrente do reality show internacional “Big Brother”. Foi durante a segunda permanência no programa, que em directo lhe foi indicado pelo próprio médico, que tinha um cancro cervical em fase terminal. Viria a falecer hoje às 03h15.
É aqui que começa a "outra" metade da história, curiosamente hoje celebra-se o dia da mãe no Reino Unido, país de onde é oriunda a protagonista deste texto. Jade Goody, não conseguiu realizar o seu desejo de passar o dia com os filhos, Bobby, de cinco anos, e Freddie, de quatro anos.
Jade, de 27 anos (menos um que eu), Após ter descoberto que estava doente com um cancro em fase terminal, transformou a sua vida num fenómeno mediático ao decidir vender direitos televisivos dos seus últimos momentos de vida. A sua mediática luta contra a doença ajudou a chamar a atenção para a importância do rastreio atempado do cancro do colo do útero, levando muitas jovens a tomar consciência de uma doença que todos os anos, mata milhares de mulheres em todo o mundo.

Importa ainda dizer talvez o mais importante, a mediatização/comercialização do período final da vida de Jade, foi feito com o seguinte intuito, “uma vez que não vou poder presenciar o crescimento dos meus filhos, vou tentar assegurar o melhor futuro possível em termos económicos…” Jade Goody.

Confesso que é essencialmente por esta frase que faço questão de expor este texto. Porque a vida não pára… o amor nunca morrerá!