domingo, 31 de janeiro de 2010

imagem do dia... 31-01-2010


Demsa Dancer, India


Cor, brilho, expressão, historia, razão, geografia, cultura, diversidade e tudo o resto…
Numa simples fotografia.
Num simples olhar.

um momento... de ti. (5)

“É agora que me vais desejar uma... boa noite?”

Não me apetece nada… mas se calhar é melhor!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Obrigado!



Na minha mesa-de-cabeceira, existe uma imagem de Nossa Senhora de Fátima e dos três pastorinhos, não sei descrever de que material é feito, mas a base é em madeira e o restante material do objecto é em algo parecido com alguma liga metálica, ou chumbo, ou qualquer coisa fria…
Não sei definir desde quando faz parte da mesa-de-cabeceira, sei que me lembro de ter crescido com aquilo ali. Sei que um dia teimei com a minha mãe que não queria mais aquilo ali, devia ter na altura uns 7… ou 8 anos no máximo. Não me lembro dos argumentos usados de parte a parte, nem de como a coisa acabou, sendo certo que a imagem ficou perpetuamente na mesa-de-cabeceira, não é muito grande tem no máximo (em altura) cerca de 10cm…
É conhecido, declarado e denunciado o meu fraco catolicismo ou devoção, por ignorância ou simplesmente por respeito por quem tem a dita e sentida, Fé! Não sei rezar, da forma que os mais ou menos praticantes cantam, entoam ou rezam as murmuradas quadras divinas.
Mas sei e lembro-me perfeitamente do escuro… do silêncio… e do frio da tal liga metálica… quando me agarrava a ela, em vésperas de testes, em que não tinha estudado rigorosamente e religiosamente, nada!!!
Sei do frio da tal liga metálica, sentido pelos meus lábios… na(s) noite(s) em que perdi um... e outro… e os outros dois… avós! Os lábios sentiam o frio, os olhos debitavam lágrimas e desejos que onde quer que estejam, que estejam bem!
Sei da volumetria do relevo da tal imagem, quando de mim para mim, sussurrava no mais intimo da minha mente, os agradecimentos de tudo o que de bom me acontecia, na altura em que dava mais relevo ao que de mau na minha vida se passava…
Se acredito em Nossa Senhora de Fátima, ou noutra divindade?! Não sei… fico demasiado assustado, para aceitar ou admitir que o meu destino está na posse, devaneio ou pertença de algo ou alguém que não seja eu.
Tenho alguns exemplos de histórias na minha vida em que acredito ter sido protegido, talvez por esse dito alguém ou coisa, que teimo em resistir em não acreditar.
Sei que um dia a minha mãe, no seu auge e mais profundo amor, carinho e na perspectiva dela da dita Fé, me declarou que aquela imagem simbolizava o meu anjo da guarda… sinceramente, agrada-me de sobremaneira a ideia de ter alguém ou algo que me protege! Ter porto de abrigo! Ter o colo, quando todos os outros falham! Ter aquela mão divina que nos ampara na mais desastrosa das quedas… e o melhor de tudo isto é que, e confesso, já o senti por várias e repetidas vezes!
Nos últimos dois anos da minha vida, recusei o que não me faz feliz, aceitei o que desconheço, provei o que me venderam como amargo, etc… Lutei! E lutei! E continuo a lutar, confesso que há vezes em que me faltam as forças… ou simplesmente preciso de descansar! Vejo o “desistir” não como forma covarde de fuga, mas como forma inteligente de mudança!
Por tudo, rigorosamente por tudo… de bom! E de mau! Que durante estes anos me foram acontecendo, moldando, mudando, formando, deformando, etc… por tudo… hoje irei sentir de novo o frio da liga metálica, e lá bem no fundo onde só eu me oiço, agradecer o facto de hoje adormecer, com um sorriso… na alma.

Onde quer que estejas!
O que quer que sejas!
Obrigado…

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

o meu tecto






Há momentos entrei no meu quarto e enquanto processava na minha mente o motivo pelo qual tinha sido levado até ali… suspirei profundamente!
O frio é de tal forma intenso, que se gerou de imediato uma nuvem de vapor, fazendo corar de inveja algumas nuvens provocadas pelo próprio tabaco…
Foi então que sobre mim se abateu um pensamento.
Inspirei e voltei a fazer dos pulmões um brinquedo, agora de forma intencional, e de novo a tal nuvem se formou diante os meus olhos. Olhei para o tecto e inconscientemente agradeci, não sei a quem, nem sei ao quê, apenas ouvi no profundo do meu pensamento um quente e constante “Obrigado”.
Obrigado, pelo facto de poder formar as minhas nuvens debaixo de um tecto…


Sei que o que escrevo neste espaço confinado a um mundo pequeno, indistinto e pouco exposto, irá morrer no esquecimento deste próprio mundo. Sei que as palavras minimamente ordenadas que redijo por estas linhas, não tem nem peso nem forma, para aconchegar, reconfortar ou acarinhar, alguém que neste preciso momento também constrói as suas nuvens… mas sem um qualquer tecto! Sem um conforto mínimo! Há vezes que é com um papelão outras vezes com algum cobertor semi-destruído, enfim, algo completamente surreal ou absurdo para conseguir construir uma imagem minimamente credível na minha mente…
Tivesse este texto a capacidade de aquecer, tivessem estas palavras a capacidade de aconchegar, por muito mínimo que fosse, por insignificante que podesse parecer… e escreveria até gastar os dedos!


Cobardemente, fico debaixo do meu tecto, é mais fácil afastar este pensamento, do que eu próprio me afastar de casa e ir de encontro a uma realidade que insisto em afastar do meu mundo… de forma punitiva a mim mesmo, faço me prometer a mim próprio que um dia o farei! Com a mesma certeza e teimosia que prometo a mim mesmo, coisas mais ou menos fúteis do dia-a-dia, esta “obrigação”, passa a constar na minha lista de coisas que irei concretizar, no fundo para me sentir mais eu…
Sabendo que não passará para fora destas quatro paredes, mas com essa pretensão e vontade, desejo da forma mais intensa o melhor e mais quente dos sonhos a todos os que também tem direito a isso… mesmo não tendo um tecto!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

um momento... de ti. (4)



No (meu) escuro… abdico da visão!
Faço com que a temperatura seja do mais agradável…
Ao longe, arde o incenso… definido e relaxante!
Apuro, relaxo e resigno a todos os sentidos que neste momento não me fazem falta!

É então que o coração dispara… Sinto o teu toque!

Num ápice, activo todo o meu sentir.
Os olhos abrem, a fusão de cores e de luz invade a minha alma…
O teu aroma substitui, o agora insuficiente, incenso!

Foco em ti…
Tento em vão controlar a respiração!
O meu desejo altera o meu relaxe…
A minha vontade retribui o teu toque!
A minha respiração torna-se audível na minha mente… e perto dos teus ouvidos.
O meu querer é resposta ao teu desejo!
Toco o teu corpo, primeiro com os olhos…
Depois com um dedo…
Com a mão…
E por fim, com toda a minha alma!
Com todo o meu querer!
Com todo o meu ser…

Não descodifico o que oiço, se é o meu coração, se é o teu…
Não distingo a minha respiração da tua!

Deixei de ser eu ou tu… Somos apenas nós!
Tens me por completo!
Sinto-te completamente minha.
Sabes que sou só teu!
Primeiro mais lento…
Depois, depois… deixa de haver regras, deixa de haver tudo!


Só existe o meu olhar fixo no teu!


Só existes tu!


E eu!


E prazer…


Muito prazer!


TODO O PRAZER!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Sessão da Tarde (1)

Programa “sofazar”…

Domingo, é um excelente dia para uma bela sessão da tarde, à lareira, com pipocas e a ver um filme… ;-)

imagem do dia... 03-01-2010

Rialto Bridge, Venice

sábado, 2 de janeiro de 2010

magia em forma de mercado!

Quando me refiro a “viajar” em determinados actos ou formas artísticas, não estou a dizer mais que, a capacidade de afastamento da minha realidade e aparente normalidade sentimental, para um patamar de sentimentos e sensações diferentes, que provocam um súbito e gratuito brotar de lágrimas dos meus olhos, ou um sorriso puro e ingénuo instantâneo, ou mesmo um arrepio visceral de magnitude que tem tanto de incalculável, como de agradável…

Para primeira publicação de um ano que espero de sentimentos e sensações, não podia começar melhor!

Um fantástico Ano Novo de sentimentos e sensações, a todos os passageiros “das nuvens”!