
Olho à minha volta no metro... E vejo dois casais que falam num outro dialecto que não o meu, a distância e a falta de interesse, não me deixam identificar de onde são oriundos… não me interessa! De resto, entra e já saiu um senhor consumido pelos seus próprios fantasmas e dependente da sua realidade, para ele nada naquele percurso o vai perturbar, senão ele próprio! A falta de pudor e de higiene, torna com que o seu caminho fique mais largo, vai a barafustar com tudo, com todos e com nada ao mesmo tempo, desejo nunca provar daquele estado, mas lá no fundo recrimino os dois putos que passaram por ele e tiveram o trabalho de se voltar para trás e desfruir com o palhaço triste deste circo.
Ah, mais uma paragem… entra alguém que é… linda, o que será que vai a pensar? Como será que ela se sente? Fisicamente é alguém que irradia beleza… por aquele momento, não sei se de forma sentida, torna-se o sol da carruagem, o tipo do outro lado, se não é alfaiate, pelo menos tirou-lhe todas as medidas! A senhora deste lado, deve ter uns vinte anos a mais que o objecto da inveja, olha com desdém de quem talvez nunca tenha sido assim… e eu, apenas eu, fico com os meus pensamentos!
A preocupação entre duas irmãs, em que somadas as idades dá quase uma dinastia, é fascinante, será que sempre foram assim, ou algo de marcante as moldou abruptamente?! Adoro, fico fascinado com o beijo enviado através do vidro entre as duas… quando uma se prepara para seguir viagem no seu lugar e a outra com dificuldade visível no andar, olha-a já ao pé das escadas rolantes que a vai levar de novo à superfície. Nada, naquele cenário promete que se voltem a ver com vida. Será essa a necessidade que tem presentemente, em partilhar cada segundo como se fosse o último?
É naquele preciso momento que me lembro, que também eu tenho um irmão… e a inveja daquela despedida corrói-me a mente por momentos! Inconscientemente, mando-te daqui um beijo…
No comboio, a estação é logo a primeira, sento-me com a carruagem ainda vazia, assisto então ao encher gradual e sincronizado dos lugares que me rodeiam, analiso quem se senta ao pé de mim, verifico se existem lugares perto de outras pessoas… quem são? E depois comparo-os…! Hoje, sinto-me bem! Esquecendo a merda das modéstias, sinto-me giro (não é todos os dias)! Vejo que dos quatro lugares que me rodeiam todos foram ocupados rapidamente, melhor me sinto quando no exercício em cima descrito, verifico que um tipo, de fato e gravata mais perto da porta, ainda só tem uma companhia…
Conclusão: Ok! Hoje, inspiro alguma confiança a quem me rodeia…
Duas, amigas que se sentaram mesmo ao meu lado, vem a debater as dificuldades que aquela tem para educar o filho, que só está a fazer uma disciplina (física) do 12º, já mudou duas vezes de explicadora, e no último teste tirou 5valores… esta amiga, tenta descobrir a pólvora, num chorrilho de ideias e verdades absolutas e quase absurdas, que a outra refuta com maior ou menor dificuldade… dou por mim a pensar e a controlar uma vontade imensa de me meter na conversa e partilhar certas realidades, aquelas realidades que eram expostas, já no meu tempo não faziam sentido, quanto mais quinze anos depois… Até que esta amiga, tem uma saída deliciosa.
Ups!
Entretido a ruminar todo aquele discurso ia passando a minha vez de sair… com a vossa licença!? Olhando nos olhos de cada uma delas… agradeci e desejei-lhes uma boa noite!
Ao sair, apanhando com o bafo delicioso de um pré-verão anunciado, ocorrem-me várias coisas pela cabeça, uma delas… é segredo!
Hoje, vou por ali… não vou repetir o mesmo caminho! Quero ir, quero cheirar aquele mar… as luzes emanadas pelos carros e pelos bares, fazem com que se veja o branco da espuma de cada onda… de seguida vem o som! E por último, a razão principal… o cheiro! A mar…
É então que tomo consciência do meu caminho, daquilo que quero e do que agora não quero!
Nunca aprendi a fazer meditação, não foi por falta de tentativas nem de professora, mas aprendi a ouvir o meu coração, a minha mente e a ouvir-me a mim, de forma diferente… num momento de lucidez intelectual, percebo no inconsciente o que está a provocar isto.
É então que percebo o que já estava decidido e só eu ainda não tinha percebido… dou por mim a sorrir, mais uma vez! E outra… e ainda outra!
É então que deixa de fazer sentido ouvir o mar, passa a fazer sentido ouvir tudo, todo um mundo de sentimentos! Num último olhar de esguelha e já com a indiferença e desprezo de uma necessidade satisfeita, despeço-me daquela realidade…
Hora de voltar!
Ao meu caminho… ;-)
Ah, mais uma paragem… entra alguém que é… linda, o que será que vai a pensar? Como será que ela se sente? Fisicamente é alguém que irradia beleza… por aquele momento, não sei se de forma sentida, torna-se o sol da carruagem, o tipo do outro lado, se não é alfaiate, pelo menos tirou-lhe todas as medidas! A senhora deste lado, deve ter uns vinte anos a mais que o objecto da inveja, olha com desdém de quem talvez nunca tenha sido assim… e eu, apenas eu, fico com os meus pensamentos!
A preocupação entre duas irmãs, em que somadas as idades dá quase uma dinastia, é fascinante, será que sempre foram assim, ou algo de marcante as moldou abruptamente?! Adoro, fico fascinado com o beijo enviado através do vidro entre as duas… quando uma se prepara para seguir viagem no seu lugar e a outra com dificuldade visível no andar, olha-a já ao pé das escadas rolantes que a vai levar de novo à superfície. Nada, naquele cenário promete que se voltem a ver com vida. Será essa a necessidade que tem presentemente, em partilhar cada segundo como se fosse o último?
É naquele preciso momento que me lembro, que também eu tenho um irmão… e a inveja daquela despedida corrói-me a mente por momentos! Inconscientemente, mando-te daqui um beijo…
No comboio, a estação é logo a primeira, sento-me com a carruagem ainda vazia, assisto então ao encher gradual e sincronizado dos lugares que me rodeiam, analiso quem se senta ao pé de mim, verifico se existem lugares perto de outras pessoas… quem são? E depois comparo-os…! Hoje, sinto-me bem! Esquecendo a merda das modéstias, sinto-me giro (não é todos os dias)! Vejo que dos quatro lugares que me rodeiam todos foram ocupados rapidamente, melhor me sinto quando no exercício em cima descrito, verifico que um tipo, de fato e gravata mais perto da porta, ainda só tem uma companhia…
Conclusão: Ok! Hoje, inspiro alguma confiança a quem me rodeia…
Duas, amigas que se sentaram mesmo ao meu lado, vem a debater as dificuldades que aquela tem para educar o filho, que só está a fazer uma disciplina (física) do 12º, já mudou duas vezes de explicadora, e no último teste tirou 5valores… esta amiga, tenta descobrir a pólvora, num chorrilho de ideias e verdades absolutas e quase absurdas, que a outra refuta com maior ou menor dificuldade… dou por mim a pensar e a controlar uma vontade imensa de me meter na conversa e partilhar certas realidades, aquelas realidades que eram expostas, já no meu tempo não faziam sentido, quanto mais quinze anos depois… Até que esta amiga, tem uma saída deliciosa.
Ups!
Entretido a ruminar todo aquele discurso ia passando a minha vez de sair… com a vossa licença!? Olhando nos olhos de cada uma delas… agradeci e desejei-lhes uma boa noite!
Ao sair, apanhando com o bafo delicioso de um pré-verão anunciado, ocorrem-me várias coisas pela cabeça, uma delas… é segredo!
Hoje, vou por ali… não vou repetir o mesmo caminho! Quero ir, quero cheirar aquele mar… as luzes emanadas pelos carros e pelos bares, fazem com que se veja o branco da espuma de cada onda… de seguida vem o som! E por último, a razão principal… o cheiro! A mar…
É então que tomo consciência do meu caminho, daquilo que quero e do que agora não quero!
Nunca aprendi a fazer meditação, não foi por falta de tentativas nem de professora, mas aprendi a ouvir o meu coração, a minha mente e a ouvir-me a mim, de forma diferente… num momento de lucidez intelectual, percebo no inconsciente o que está a provocar isto.
É então que percebo o que já estava decidido e só eu ainda não tinha percebido… dou por mim a sorrir, mais uma vez! E outra… e ainda outra!
É então que deixa de fazer sentido ouvir o mar, passa a fazer sentido ouvir tudo, todo um mundo de sentimentos! Num último olhar de esguelha e já com a indiferença e desprezo de uma necessidade satisfeita, despeço-me daquela realidade…
Hora de voltar!
Ao meu caminho… ;-)
gostava de comentar, mas não consigo...
ResponderEliminarainda estou a interiorizar os fragmentos do teu mundo...
Por vezes sabe bem mudar de caminho, inspira-nos! Assim como saborear um poko da vivencia dos outros pois faz-nos sentir mais vivos e mais fortes, pelo menos é isso q me acontece a mim. Gostas de olhar a tua volta e pa kem te rodeia, isso é bom, pelo menos eu axo q é bom pq vejo isso como sendo uma pessoa q n olha so pa si e po seu mundinho tantas vezes ridiculo e superfulo. Assim como eu observas, saboreias e vives.... espectacular!
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